fidelidade a Deus, apesar das circunstâncias
“Mas o SENHOR estava com ele e o abençoou, de modo que ele conquistou a simpatia do carcereiro. Este pôs José como encarregado de todos os outros presos, e era ele quem mandava em tudo o que se fazia na cadeia. O carcereiro não se preocupava com nada do que estava entregue a José, pois o SENHOR estava com ele e o abençoava em tudo o que fazia” (Gêneses 39:21-23)
Talvez você não nunca tenha percebido, mas a história de
José do Egito, filho de Jacó, é a que mais espaço ocupa no livro de Gêneses. O
relato sobre sua vida começa no capítulo 37 e vai até o final do livro. E a
razão é fácil de compreender. José é um dos maiores exemplos de fidelidade a
Deus independente de qualquer situação.
Uma das desculpas mais comuns para os fracassos na vida é
atribuir a culpa aos problemas familiares: “se eu fosse filho de rico”, “devia
ter nascido em um lar diferente”, “eu não era o filho preferido”, “meus pais
nunca me deram oportunidade”, “as pessoas lá em casa não gostam de mim” e por
aí vai uma infinidade de desculpas para as frustrações.
José teria todos os motivos para ser um adolescente revoltado,
frustrado e desanimado com vida: ele era invejado pelos irmãos mais velhos
porque era o filho predileto do pai; os irmãos que o odiavam eram filhos de
outra mulher; sua mãe já havia morrido; o pai já era velho; e ele ainda era o
único que tinha um contato pessoal com Deus, o que aumentava a inveja não só dos
irmãos, mas conquistou até mesmo a contrariedade do pai que não o compreendia.
A maioria dos jovens de hoje, por muito menos, entram em desespero e se afundam
em tribos esquizofrênicas, adquirem manias bizarras, desfiguram o corpo etc.
Mas não bastasse o clima de intriga e inveja, os irmãos
ainda conspiraram contra a vida de José. E se não fosse a intervenção de Deus,
ele poderia ter sido assassinado pelos próprios irmãos. A história de Jose é a
demonstração mais clara da atuação soberana de Deus sobre a vida dos seres
humanos. Mas ele não saiu ileso, foi vendido e acabou tornando-se escravo no
Egito, no meio de um povo de costumes e tradições religiosas completamente
opostas à suas.
José teria todos os motivos do mundo para se tornar um jovem
amargurado, mas ele optou pela fidelidade, apesar das circunstâncias. E mesmo
sendo escravo, ele não abriu mão de seus princípios e executava suas funções
com competência e fidelidade. Ele foi uma benção para o seu dono e a recompensa
foi tornar-se mordomo de toda a casa. Porém, mais uma vez ele foi vítima de uma
terrível conspiração. Ao fugir da tentação do adultério, José foi tido por
infiel ao seu senhor e condenado à prisão. Ser preso por cometer um crime não é
fácil, imagine ser preso por fazer a coisa certa!
José teria todos os motivos para ser um presidiário
amotinado e violento, pois estava preso injustamente. Mas ele compreendia a
soberania e o poder de Deus, pois tinha intimidade com ele desde a infância.
Até mesmo na prisão ele se destacou e tornou-se exemplo de serviço, ele foi uma benção naquele lugar
deprimente.
Sob a perspectiva humana, José teria bons motivos para ser
um adolescente revoltado que se torna um jovem amargurado e que terminaria sua
vida morrendo em uma cela de prisão após liderar uma revolta. E a sociologia e
a psicologia, por exemplo, lhe dariam toda razão ao analisar seu histórico de
vida.
Porém, a fidelidade a Deus é a única força capaz de realmente
transformar uma vida de derrotas em uma vida de vitórias. José não se tornou
próspero e bem sucedido depois que deixou de ser escravo e nem depois que saiu da
prisão. Ele já era próspero e bem sucedido mesmo antes de sua vida dar uma
reviravolta total. Ele foi um escravo fiel e um preso fiel.
O segredo do sucesso de José e que serve para todos nós é
ser fiel, apesar das circunstâncias.
Ap. Marcelo Monteiro
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