quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Conhecemos as árvores. E os frutos?

Conhecemos as árvores. E os frutos?


Até aonde vai o limite da dissimulação, da exteriorização, da hipocrisia? Como saber, e o que fazer, quando, sutilmente, os “padrões” e “regras gerais” espirituais são confrontados e, em certos casos, quebrados? Não pretendo responder estas questões sozinho; mas, trago uma boa reflexão sobre elas e sobre o tema deste artigo!
Os dias em que vivemos tem sido palco (em maior escala) do que Jesus já havia percebido há 2000 anos atrás.
Dentre muitos padrões, regras e leis espirituais que vem sendo confrontadas há séculos (se não milhares de anos), falarei, respeitado o bom senso, de uma especificamente. Quero dizer, também, que pode ser que alguém discorde de mim, e os comentários estão abertos para tal.
Quando Jesus declarou em Mateus 7.16: “Por seus frutos os conhecereis…”; ele estava declarando uma Lei (em termos científicos), tal como, a Lei da Semeadura: “O que se planta, colhe”! Ele assevera o fato! A Título de esclarecimento e curiosidade veja a seguir a definição de Lei, em termos científicos (Site Wikipedia):
Lei, no sentido cientifico, é uma regra que descreve um fenômeno que ocorre com regularidade. É uma hipótese geralmente simples, mas, de abrangência geral que, sendo exaustivamente confrontada, testada e validada frente a um amplo e diverso conjunto de fatos, dá-lhes sempre sentido cronológico, lógico e causal, e por tal recebe um título “honorífico” que a destaca entre as demais, o título de lei”
Sabemos que existem vários tipos de árvores (Boas e Más), cada qual com o seu fruto específico. A árvore de uma espécie não produzirá fruto de outra. É uma ordem/Lei natural e geral.
Mas… Prossigamos!
Gostaria que você lesse: 2º Pedro 2. /Mateus 7.15 /Mateus 24.24.
Vejamos agora Mateus 12.33: “Ou fazei a árvore boa, e o seu fruto bom, ou fazei a árvore má, e o seu fruto mau; porque pelo fruto se conhece a árvore”.
O contexto imediato do texto, ou seja, o capítulo 12 todo, mostra-nos um embate entre o Senhor Jesus x Fariseus. A questão central, a meu ver, era o que Jesus “falava, fazia e era”. Suas palavras eram “boas”, o que Ele fazia era “bom”, em suma, Ele era uma pessoa “boa”. O “fruto” do que Ele falava e, principalmente, fazia refletia o seu interior – Era uma a ÁRVORE boa, com Frutos BONS!
O versículo 33, a meu ver, é uma comparação que o Senhor Jesus fez de si mesmo em relação aos Fariseus. Eles, os Fariseus, eram as árvores más, e os seus frutos, em essência, mas nem tanto em aparência, eram maus. Mas como assim, nem tanto em aparência? Explico mais a frente!
O que sempre me intrigou é o versículo 34: “Raça de víboras, como podeis vós dizer boas coisas, sendo maus? Porque do que há em abundância no coração, disso fala a boca”.
Os fariseus se enquadravam em uma espécie de pessoas (As piores) que, sendo maus em seu interior, exteriorizavam/aparentavam serem bons. A mim me parece, pelas suas palavras, que o Senhor “ficara perplexo” diante desta situação, diante de tanta hipocrisia, cinismo e maldade! Como pode algumas pessoas falar coisas tão belas, pregar, aparentar tanta piedade, e ao mesmo tempo serem tão cínicas?? Esta é uma triste realidade até hoje. E o embate, desavença, irritação de Jesus, contra os fariseus não se justifica, apenas, pela hipocrisia e cinismo; eles, realmente, eram em essência: Maldosos e Maléficos!
Analisando o versículo 34, podemos perceber que, embora a perplexidade seja sobre o falar, fico imaginando qual seria o resultado (estrago) se houvesse quem maquiasse/dissimulasse o seu procedimento e o seu resultado, ou seja, o seu “fruto”.
Vale lembrar (em uma grossa comparação) que, os piores Serials Killer’s e psicopatas eram e são pessoas tidas como “normais” pela vizinhança, em muitos casos. Essa comparação serve apenas para mostrar que a situação é generalizada em nossa sociedade.
Essa questão segundo a bíblia origina-se no inimigo das nossas almas. Uma das piores (ou melhor, dependendo do ponto de vista) armas de Satanás é a enganação/mentira (João 8.44/ Tessalonicenses 2.1-11). A mentira e/ou a enganação tem seu poder potencializado quanto mais elas se parecem com a verdade. E nisto o inimigo de nossas almas é perito. Ou ele distorce a verdade, tentando assim “baixar/relativizar” a verdade, fazendo dela uma meia-verdade, ou ele “eleva/aperfeiçoa” o nível da mentira/enganação a ponto de confundir a muitos como se fosse a verdade!
Além disto, a hipocrisia e o Cinismo entram no pacote descrito acima, o  que, me parece, foi legado por Satanas a boa parte da humanidade. Em vista disto, a grande questão é: “Será que somos aptos a discernir os frutos?” E a resposta é: “Não da maneira como gostaríamos!”.
Existem várias dificuldades para conhecermos as árvores (de hoje) pelos seus frutos, sobretudo nos tempos atuais:
  • Uma delas é a falta do discernimento espiritual;

  • Outra é a época que vivemos; em que muitos valores são anti-bíblicos; e com os quais acabamos “acostumando-nos”. Vivemos em uma sociedade que valoriza o Exterior em detrimento do interior. Por isso, se não cuidarmos, focaremos os olhos e a atenção no exterior, na aparência, e, fatalmente, seremos enganados.

  • A terceira, é que não somos oniscientes, o que demanda de nós muito mais cuidado. Muitas vezes não conhecemos a pessoa intimamente e inteiramente. Muitos se escondem atrás do “anonimato”; ou da hipocrisia.
Juntando a isto tudo há o fato de que muitas vezes o que é importante e prioridade para nós, como a aparência, terno, eloqüência, persuasão, “unção”, milagres e até “boas obras”, às vezes, não é “a” coisa mais importante para o nosso Deus. Não que elas não sejam importantes, mas, definitivamente elas não são passaporte para o “CÉU”.
A questão não é tão simples como parece. A verdade é: Que é muito difícil julgarmos/analisarmos os frutos de alguém.
Resta-nos saber, enfim, o que fazer?
=> Primeiro: Cuidado para não julgar nem condenar. Mas estar atento as evidências de procedimento e, também, dos ensinos, pregações, doutrinas – supostamente oriundas – das Escrituras Sagradas – a palavra de Deus. (Atos 17.11)
=>  Segundo: Muita oração, vigilância, comunhão e intimidade com o Pai (Efésio 6.17/ João 17.21)
=> Leitura constante da palavra de Deus com boa dose de humildade. (Salmo 1)  
Por essas coisas vem o DISCERNIMENTO ESPIRITUAL, o qual é imprescindível a análise dos frutos.

Ap. Marcelo Monteiro Corrêa


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